A SENSIBILIDADE DE AMAR
Por Prof. Renis R.
Não é o tempo. Não!
São as pessoas que precisam de tempo em SI. Mergulharem em
Si para descobrirem o que são, de como são. Mergulharem fundo em toda
profundidade Mental que exista no Ser delas.
As pessoas observam e criam mais e mais opiniões sobre a vida
do Outro. A vida que, somente uma parte dos sentidos acaba observando. Longe de
realizar perguntas de ‘porques’ ao outro que possam esclarecer dúvidas que
ficam sem respostas. E assim, as pessoas continuam suas caminhadas agarradas a
muletas e a ignorância.
Em um momento onde tudo precisa ser rápido, como símbolo de
agilidade, de atualidade. Onde o tempo não possa ser perdido, tendo que usá-lo
todo, para fazer tudo o que não desejaria fazer. Mas desejando mais tempo para
fazer aquilo que é apenas sonho do que fazer. Neste momento o tempo nos
assombra onde demorar pensando sobre o que sou ou em meus erros é perda de
tempo. Ver apenas o ‘erro’ dos outros é mais fácil, prático, rápido. Onde posso
criticar, apontar, humilhar, aniquilar, destruir e demonstrar toda minha ‘perfeição’
em apagar a pessoa do outro por todo
meu preconceito, orgulho e vício.
As pessoas cada vez mais se lambuzam de não-saber, de ignorância
e perversidade. Vícios que jogam suas mentes em total trevas de ignorância.
Somos Mente. Somos uma poderosa e complexa força de
Entendimento que não é compreendida ainda em sua totalidade. Com um corpo
físico que nos permite Amar. Sentir todo este amor que, nos doam e, também,
podemos doar.
Mas, afundamos em dor.
Em tempos de tanta informação rápida. A ignorância se
propaga na mesma velocidade.
Adolescentes que não possuem mais um contato familiar. Que se
mantem distantes de amigos, de família, de toda e qualquer pessoa por não conseguirem
ler neles, a angustia, dor, tristeza disfarçada em sorrisos tensos. Em adultos
que só encontram descanso em copos de álcool, pornografia gratuita, em ter a
chance de falar coisas ruins sobre familiares, filhos, colegas de trabalho, no trânsito
proferindo palavrões para aqueles que estão a sua frente. A solidão de idosos
em seus lares que estavam cheios com filhos e netos. A Depressão.
Imagem: Printerest/depressão |
Estamos nos mascarando cada vez mais em virtualidades,
construindo totens e avatares falsos para moldar imagens que outros irão
adorar, mas não sendo nós mesmos. As conversas presenciais, sorrisos, abraços,
brincadeiras entre amigos e família, bem ali, no real momento da vida,
sentindo, ouvindo, marcando de amor nossa existência... em uma velocidade
surpreendente, somem cada vez mais. A internet resolve tudo! Você entra em uma
página branca, um oraculo virtual, digita DEPRESSÃO e pronto! Tudo resolvido. Frescura,
falta de deus, manha, é só sorrir e ficar alegre que passa! Sério??
Corrupção, destruição cultural, material, pessoal. Leis
criadas por preconceituosos para apontar a homossexualidade como doença. Ações
de fanáticos ao nosso redor e, isto, é o que traz felicidade nas pessoas?!
Passamos já por um período, onde um homem descreveu que
teríamos que ficar entre dois extremos: Entre a Ignorância (estado animal) e a
Perfeição (estado divino). O equilíbrio é o caminho do Meio. Esse exercício é
longo, doloroso, exaustivo. Se conhecer. Eliminar defeitos, erros. Amar sem
limite não apenas o que me conforta, mas tudo o que faz da vida a Vida. Este é
um exercício que exige mergulhar em aguas profundas que são nossas Mentes.
Exige saírmos do raso momento da opinião, que não nos traz verdade alguma sobre
Nós, nem sobre o Mundo. Amar é sentir. É doar. É importar-se com o outro. Não
viver a vida daquela pessoa, mas poder em Consciência, refletir de como isso
poderia causar dor em mim. E como gostaria de poder resolver isso, obter ajudar
de alguém próximo.
Nossas mentes estão sem-sensibilidade (Anestesiados: A = sem
+ Esthesis=Sentir), assim, conduzem
nossos corpos a estados mais duros com as demais pessoas. Não nos permitimos
abraços calorosos. Não nos permitindo tocar o corpo das pessoas que amamos. De
quem poderíamos amar. Um beijo sincero de carinho no rosto, na testa... nos
lábios. Em descobrir que, passear em bosques, em parques, pelas ruas
conversando entre amigos, em família, pode ser maravilhoso. Pela experiência de
Ouvir. De Rir pelo corpo, pela Mente, pela Alma com tanta alegria que torna
aquele momento eterno no Tempo.
Amar. Amar, amar e amar. Deveria ser apenas esta A Lei. A
palavra “Lei” talvez, em algumas mentes possa levar a compreensão de ‘ordem’.
Esta ordem, no sentido de disciplina e rigor. Mas, a Lei descrita aqui, é de
Vontade, um Rigor sim, que move tudo, em sua flexibilidade suprema, onde move
planetas, explode cometas e cria flores delicadas e células tão singelas que
criam vida. Amor.
Permita-se um tempo para Amar. Sensibilize-se com o Amor.
Ame a Si. Ame o próximo. Pense a respeito, conduza sua Mente junto de seu corpo
a experiências de elevação e revoluções. Comece com um passo simples. Um
sorriso para um amigo. Para seu filho. Pense nisso.
Sugestão: Leia o texto novamente, mais devagar ouvindo esta música aqui.
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